Lá vai ela, mais uma vez:
a esperança empunhada na mão,
a coragem ardendo no peito e
o grito descola da boca
enquanto os pés seguem em justo caminhar.
A militância está para ela como o sol, a lua e o ar:
imprescindível;
ou como os filhos e o amor: sempre.
É o seu jeito de sobrevivera aridez das relações contemporâneas.
Não se trata de fugir da realidade
que oprime e desarruma o coração,
para um aqui e agora utópico.
É estar presente na ação, na mão dada,
no pensar constante e para todos.
Segue na causa de desenterrar a empatia do povo,
escarafunchar as consciências e
a indignação continua a lhe esbugalhar os olhos
enquanto suas pernas arrastam os outros.
Prefere a loucura à alienação.
Prefere o todo à parte.Prefere a rua à televisão.
Prefere o direito a preferir.
Texto disponível em: Cemana de 22 — ISSN 2764-5460 - Daniela Bonafé